O NOVO PETRÓLEO DE ANGOLA

Kelvin Simão John
12 min readApr 12, 2021

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Índice

Sumário………………………………………………………………………….. 1

INTRODUÇÃO………………………………………………………………….. 2

DESEMPREGO JUVENIL E TURISMO COMO SOLUÇÃO………………..… 3

ANÁLISE DO MEIO ENVOLVENTE…………………………………………..…. 4

AMBIENTE ECONÓMICO …………………………………………………..…..4

AMBIENTE SOCIAL………………………………………………………….…. 5

AMBIENTE TECNOLÓGICO…………………………………………………………………..6

AMBIENTE POLÍTICO…………..…………………………………………….……………….6

TENDÊNCIAS GLOBAIS NO TURISMO…………………………………………………………………….…...7

RECOMENDAÇÕES PARA O MINISTÉRIO DE CULTURA, AMBIENTE E TURISMO…………………………………………………………….……………9

LISTA DE REFERÊNCIAS…………………………………………………………………..10

Biografia do Autor

Kelvin Simão John, é consultor na Livingston Research e Pós-Graduado em Gestão Turística pela Universidade de Joanesburgo. Os seus trabalhos focam no desenvolvimento turístico da África subsariana, e os factores que inibem ou promovem o crescimento do sector neste continente.

Kelvin Simão John, apresentou o seu primeiro trabalho científico ´´Africa´s New Oil´´ no forúm internacional AYGS (African Youth Global Summit) em 2019.

O seu lugar favorito para fazer pesquisas, é um lugar fechado que o permita concentração total.

No seu tempo livre, Kelvin joga xadrez em torneios e seu interesse literário expande pela história mundial, política, economia, finanças e auto crescimento.

Glossário

BNA — Banco Nacional de Angola

INE –Instituto Nacional de Estatísticas

PIB — Produto Interno Bruto

PME — Pequenas Médias Empresas

OGE — Orçamento Geral do Estado

SPEND — Social, Political, Economic, Natural, Demographic (Social, Político, Económico, Natural, Demográfico )

TGCSA — Tourism Grading Council of South Africa (Conselho de Classificação de Turismo da África do Sul)

UNWTO — United Nations World Tourism Organization (Organização Mundial de Turismo)

VR — Virtual Reality (Realidade Virtual)

Sumário

O desemprego é um dos maiores desafios que enfrentamos como africanos e especificamente falando de Angola, que é o país base para as minhas conclusões.

Angola é um país cujo maior fonte de receita advém do petróleo bruto, sendo o principal produto de exportação, representa cerca de 90% do PIB total.

Desde o começo da queda do preço do petróleo em 2014, o mundo entrou em outra crise económica e financeira. Angola foi gravemente afetada, perderam-se empregos, fontes de rendas, empresas encerraram suas actividades económicas e o país teve uma queda na captação de investimentos estrangeiros.

Acredito que o turismo pode ser a salvação, diversificando a economia e implementando o turismo sustentável, podemos caminhar aderindo à agenda 2030 para o desenvolvimento sustentável e a agenda 2063. Angola é rica em atracções naturais, como praias costeiras, cascatas, vida animal e cultura, tornando-a num paraíso turístico, porém por falta de investimento ainda não se começou a explorar o seu potencial.

Em 2016, o continente africano recebeu 63 milhões de chegadas de turistas internacionais (UNWTO, 2017) e lucrou 38 bilhões de dólares americanos (UNWTO, 2017), isso combinado com o facto de que o turismo é uma das indústrias de crescimento rápido que emprega todos os tipos de pessoas, desde qualificados á não qualificados, e é muito equilibrada em termos de gênero, proporciona também a oportunidade de desenvolver comunidades rurais. O turismo através da inovação e das técnicas adequadas pode ser o “novo petróleo” de Angola, proporcionar empregos, sustentabilidade económica, ambiental e social ao país, de igual modo continuar com a trajectória para a implementação de ambas as agendas em África.

Introdução

Sendo um dos maiores sectores económicos do mundo, Viagens e Turismo cria empregos, impulsiona as exportações e gera prosperidade em todo o mundo. Em análise anual do impacto econômico global de Viagens e Turismo, o sector é responsável por 10,4% do PIB global e 313 milhões de empregos, ou 9,9% do emprego total em 2017 (WTTC, 2018). Viagens e turismo tem sido uma das maiores indústrias globalmente nos últimos anos.

Em África o turismo tem crescido substancialmente e se começa a ver mais investimentos neste sector, no ano de 2017 África recebeu 63 milhões chegadas de turistas internacionais e facturou 38 bilhões de dólares americanos com as receitas do turismo internacional. O turismo tornou-se um sector muito importante para os países africanos, que procuram alternativas rentáveis para seus países obterem receitas além da exportação tradicional de recursos minerais.

Chegadas internacionais e receitas a volta do mundo 2017

Em Angola, país situado na África subsaariana com uma população de aproximadamente 32 milhões de habitantes (INE, 2021), um país que esteve em guerra civil durante 27 anos e até hoje ainda carrega as marcas deixadas pela guerra, o turismo contribuiu no total com 5 milhões de dólares americanos e empregou cento e onze mil pessoas em todo o país no ano de 2017 (WTTC, 2018). No mesmo ano, foi investido no sector um montante de um milhão e duzentos mil dólares (WTTC, 2018) com chegadas internacionais de aproximadamente 261 mil visitantes.

Principais mercados em Angola (2017)

Desemprego juvenil e Turismo como solução

Do total estimado de 38,1% dos trabalhadores pobres na África Subsaariana, os jovens representam 23,5%. As mulheres tendem a ser mais desfavorecidas em relação os homens no acesso ao emprego, vivenciando assim piores condições de trabalho, sendo o emprego na economia informal, ou seja, a actividade informal á entrada mais fácil (OIT, 2019).

África enfrenta um grande desafio de desemprego juvenil porque boa parte da população em idade activa não tem habilidades para realizar trabalhos devido à industrialização de novos empregos e requisitos inerentes. Por vezes há empregos disponíveis, mas não há capital humano capacitado, a outra faceta do problema consiste na centralização de empregos, a falta de infraestruturas e empresas para empregar quem é qualificado. A ausêcia de apoio e formação na área do empreendedorismo é outro factor que mantém o continente nesta situação.

O desemprego juvenil em Angola é cerca de 19,09% (STATISTA, 2017), o que é relativamente baixo em comparação com os países vizinhos, porém na minha opinião ainda é bastante elevado, porque quando se olha a fundo para as estatísticas e se analisa onde a maior parte dos jovens estão empregados, verifica-se que é na mão-de-obra barata, pouco qualificada e mui vulnerável, uma vez que haja uma crise financeira como a que ainda está a se viver, estes jovens são os primeiros a ser demitidos e as estatísticas do desemprego sobem drasticamente. Uma das maneiras de combater esse fenòmeno é por meio do empreendedorismo no turismo, uma indústria impulsionada pelo empreendedor que, com o apoio adequado do governo, incubadoras e investidores poderá crescer rapidamente e empregar muitos jovens.

Na África do Sul, por exemplo, um país que tem uma taxa de desemprego jovem muito alta, programas estão sendo conduzidos e o dinheiro está sendo alocado à PMEs para fornecer financiamento e apoio para esses empreendedores. Isso combinado com o facto de que a África do Sul tem Orgãos que auxiliam o Departamento Nacional de Turismo, como TGCSA, SATOURISM e outros que contribuem para o sucesso da indústria turística. Na África do Sul, o turismo contribuiu com 9,1 bilhões de dólares americanos, cerca de 2,9% do produto interno bruto (PIB) total em 2017. Quando os benefícios indirectos e induzidos do turismo em uma cadeia de valor muito ampla são considerados, a contribuição total chega a 27,6 bilhões de dólares americanos, ou 8,9% do PIB. O turismo apoiou directa e indirectamente cerca de 1,5 milhões de empregos em 2017, 9,5% do emprego total, enquanto no mesmo ano Angola contribuiu com cerca de 4,7 milhões de dólares americanos e 111 mil empregos.

Na África do Sul, o turismo é uma das maiores indústrias, enquanto em Angola representa apenas cerca de 1,01% do PIB (WTTC, 2018), demostrando que, com o apoio e estruturas adequadas, o turismo pode ajudar a diminuir o desemprego juvenil através de empregos directos e indirectos, o empreendedorismo também é fundamental nesta indústria, colocando entidades responsáveis ​​pelo desenvolvimento do turismo em todas as províncias, tudo isso vai ajudar o turismo a crescer em Angola, mas para que isso aconteça o Governo precisa de preparar o ambiente para os investidores, alocando mais dinheiro para o turismo no OGE.

Análise do meio envolvente

Para esta secção do artigo, decidi fazer uma análise SPEND, que dará uma visão macro do turismo em Angola e o que podemos fazer para começar a explorar o nosso “novo petróleo”.

Ambiente Económico

O ambiente económico desde o último ano tem estado em declínio, isto porque muitas empresas fecharam durante o estado de calamidade, posterior ao estado de emergência, e consequentemente os consumidores perderam o poder de compra. De acordo com (ambitur, 2020) o sector turístico e cultural em Angola vai precisar de 7,5 milhões de euros, para relançar a indústria pós Covid-19, que está parada desde o primeiro decreto presidencial de março de 2020.

Segundo um relatório de fundamentação do OGE revisto, elaborado pelo Ministério das Finanças projecta-se que o PIB irá contrair -3,6% (DW, 2020), isto representa uma má notícia para o sector turístico porque revela que os consumidores têm menos dinheiro para gastar em ofertas turísticas.

Outro factor importante a levar em conta é a depreciação do kwanza face ao dólar americano, o kwanza encerrou 2020 a desvalorizar 25% face ao ano anterior, elevando as perdas desde o início de liberalização cambial, em 2018, para 75% (BNA, 2021). Como efeito, afecta a atração de investidores nacionais e estrangeiros ao país.

Marginal de Luanda

Ambiente social

Com o surgimento da pandemia da Covid-19, o mundo passou a viver um novo normal, em que teve de subitamente adaptar o estilo de vida, passou a manter o distanciamento social, o uso de máscaras faciais como principais formas de medidas de prevenção. O Governo angolano implementou as seguintes restrições durante o estado de emergência:

· Circulação e permanência de pessoas na via pública

· Direito à livre iniciativa económica

· Exercício de actividade laboral, com excepções a funcionários autorizados a trabalhar durante o estado de emergência.

Com estas e mais restrições, a indústria do turismo encerrou durante meses e empresas no sector turístico operaram com perdas financeiras, porque o ambiente não era propício para negócios.

cidadãos a circularem com máscaras faciais

Ambiente Tecnológico

Quando a pandemia da Covid-19 começou e o estado de emergência foi decretado, os consumidores mudaram seus hábitos tecnológicos, muitas actividades que eram feitas presencialmente, passaram a ser feitas online, instituições de ensino globalmente adaptaram-se as aulas virtuais, a maioria das empresas adaptaram-se ao teletrabalho e muitos funcionários tiveram que ser treinados ao uso de plataformas como o Zoom, Microsoft Teams e mais, para poderem continuar a produzir.

Agora, mais do que nunca as pessoas estão a consumir dados da internet, engajando-se ás redes sociais como Instagram, Facebook e Twitter. Plataformas de entretenimento como a Netflix tornaram-se mais populares, porque as pessoas passaram a ficar mais tempo em casa porque todas as outras alternativas de entretenimento estavam encerradas.

De acordo com uma reportagem da (Angop, 2020) Angola conta com mais de seis milhões de usuários de internet e que este número tende a subir após a Covid-19, porque com mais empresas a evitar viagens internacionais de negócios e a incentivar o teletrabalho, o número de usuários subirá.

Ambiente Político

O ano de 2020 em Angola ficou marcado pela instabilidade política, houve várias manifestações feitas pelos cidadãos, o combate à corrupção continua a ser questionado e o alto nível de desemprego juvenil promoveu alguns confrotos entre jovens e autoridades públicas do país.

Com todas estas ocorrências, adicionando as medidas do estado de emergência posterior ao estado de calamidade pública, que manteve a indústria do turismo fechada durante meses, o ambiente actual é muito desafiante para fazer negócios, tanto que Pequenas Médias empresas encerraram as suas operações e até grandes grupos hoteleiros estão a despedir funcionários por perdas financeiras. Quando um país está politicamente instável, é muito difícil conseguir investidores para ajudar a reanimar a indústria.

Manifestante em Angola

Tendências Globais no Turismo

Por causa das restrições à viagens internacionais a maior tendência no sector hotelerio e turístico é a viagem doméstica, agora mais do que nunca, as pessoas estão a viajar internamente com o relaxamento de algumas restrições que impediam viagens inter-provinciais. Esta tendência começou na Europa com países como Grécia, Itália e Portugal que tiraram proveito das suas ofertas turísticas para promoverem o turismo doméstico.

A segunda tendência é a oferta turística virtual, mais empresas estão a oferecer tours virtuais para os seus destinos mais populares, com o objectivo de criar interesse, para uma vez que a pandemia esteja controlada, mais turistas visitem.

De acordo com a Boatinternational (2020), para os donos de iates, uma das actividades mais praticadas tem sido o mergulho. A National Geographic criou videos de 360 graus, de lugares da natureza e lugares de mergulho que aquando conectado com o Oculus Quest VR oferece aos usuários uma chance de nadar com as baleias da Antártica ou explorar os recifes corais da Indonésia.

Recifes corais na indonésia

Um bom número das capitais de cidades a volta do mundo têm oferecido tours virtuais em seus bairros famosos. Por exemplo, muitas das atracções turísticas em Paris podem ser vistas online agora, desde tours virtuais da Montmare´s Sacré Coeur Basilica à Opéra de Paris (Boatinternational, 2020).

Algumas pequenas empresas têm sido muito criativas, na França por exemplo fez-se um cinema flutuante, realizado com pessoas devidamente distanciadas, os cinemas convencionais estavam fechados, e esta foi uma maneira criativa para as pessoas poderem entreter-se com um bom filme enquanto mantêm-se seguras (Insider, 2020).

cinema flutuante na França

Recomendações para o Ministério de Cultura, Ambiente e Turismo

Como uma Instituição que vela pelo turismo no país, que pretende fomentar o investimento no sector, e inspirar tanto turistas locais como internacionais à aderirem as ofertas turísticas do país, sinto que têm feito muito, mas podem melhorar.

Há uma ausência por parte do Ministério da Cultura Ambiente e Turismo nos canais mais modernos de comunicação, pouco engajamento com os possíveis consumidores, insuficiente marketing das ofertas turísticas e o Website (endereço eletrónico) está desactualizado, com isto dito apresento as minhas recomendações:

· O Ministério devia ponderar a ideia de abrir-se ao mundo através do uso efectivo das redes sociais, usando-as á seu favor (Facebook, Instagram, Twitter, Linkedin, Youtube) são plataformas de vasto alcance e poderiam ser transformadas em instrumentos de sensibilização e marketing para conhecer Angola.

· Briefings regulares, semelhantes ao que já tem sido feito á nível de alguns Ministérios, os briefings iriam permitir uma comunicação mais directa com seus principais parceiros, bem como investidores e turistas, mantendo-lhes informados sobre as diferentes atracções turísticas e sua disponibilidade de serem frequentadas, face á algumas restrições decretadas no estado de calamidade.

· O Ministério devia adaptar-se as tendências globais e criar experiências virtuais dos seus polos/atracções mais conhecidas, como a marginal de Luanda, Cabo Ledo, Okavango, Quedas de Kalandula. Isto permitiria que potenciais turistas criassem uma ligação com as atracções antes de visitá-las e despertaria o interesse de turistas locais e internacionais. O outro benefício é a disponibilidade de informação extensiva e exposição que as atracções teriam para o mundo.

· Por último, sugiro que o Ministério retire uma página do livro de publicidade da Nandos, e faça uma publicidade que seria publicada massivamente em português com legendas em inglês, que seja engraçada, informativa e desperte o interesse das pessoas. Há uma necessidade de se ter uma publicidade oficial do turismo em Angola, que seria o nosso cartão postal de visita, algo que seja nosso, que represente a alegria, hospitalidade e energia do povo angolano.

Lista de Referências

Angop, País tem mais de seis milhões de usuários de internet. o. Disponível https://www.angop.ao/noticiaso/?v_link=https%3A%2F%2Fwww.angop.ao%2Fangola%2Fpt_pt%2Fnoticias%2Fciencia-e-tecnologia%2F2020%2F7%2F35%2FPais-tem-mais-seis-milhoes-usuarios-internet%2C045d9603-f8b3-44fa-b14d-3254240b7f1b.html [Acessado Março 2, 2021].

Ambitur, Cultura e turismo angolano precisam de 7,5 milhões de euros. Ambitur. Disponível: https://www.ambitur.pt/cultura-e-turismo-angolano-precisam-de-75-milhoes-de-euros/ [Acessado Março 2, 2021].

Boatinternational, (2020), virtual travel tours trips experiences, Disponível: https://www.boatinternational.com/destinations/virtual-travel-tours-trips-vr-experiences--43207, [Acessado Novembro 1, 2020].

D.W., Angola terá maior contração da economia dos últimos 38 anos — Analistas: DW: 21.07.2020. DW.COM. Disponível: https://www.dw.com/pt-002/angola-ter%C3%A1-maior-contra%C3%A7%C3%A3o-da-economia-dos-%C3%BAltimos-38-anos-analistas/a-54252950 [Acessado Março 2, 2021].

ILO 2017, Youth Unemployment, Disponível: https://www.ilo.org/addisababa/areas-of-work/youth-employment/lang--en/index.htm, [Acessado Fevereiro 28, 2019].

INE 2021, População, disponível : https://www.ine.gov.ao/indicadores-estatisticos/populacao, [Acessado Março 2, 2021].

Insider, (2020), paris floating movie theater boat cinema on water, Disponível: https://www.insider.com/paris-floating-movie-theater-boat-cinema-on-water-photos-2020-7, [Acessado Novembro 21, 2020].

M. & /, J.D., Kwanza desvaloriza 25% em 2020 e 75% desde a liberalização de 2018. mercado.co.ao. Disponível: https://mercado.co.ao/economia/kwanza-desvaloriza-25-em-2020-e-75-desde-a-liberalizacao-de-2018-LE1006836 [Acessado Março 2, 2021].

Ministério do Turismo 2018, Anuário Estatístico de Turismo, Trabalho não publicado.

NDT 2017, Tourism in South Africa, Disponível: https://www.gov.za/about-sa/tourism, [Acessado Fevereiro 28, 2019].

STATISTA 2019, Youth unemployment rate in angola, Disponível https://www.statista.com/statistics/811624/youth-unemployment-rate-in-angola/, [Acessado Março 2, 2019].

UNCTAD 2017, Economic development in Africa report, Disponível: https://unctad.org/en/PublicationsLibrary/aldcafrica2017_en.pdf , [Acessado Fevereiro 27, 2019].

UNWTO 2017, Tourism highlights Disponível: https://www.e-unwto.org/doi/book/10.18111/9789284419029, [Acessado Fevereiro 26, 2019].

Workman D 2019, Worlds top oil exports, Disponível: http://www.worldstopexports.com/worlds-top-oil-exports-country/ [Acessado Março 2, 2019].

WORLDMETERS 2019, Angola population, Disponível: http://www.worldometers.info/world-population/angola-population/ , [Acessado Fevereiro 26, 2019].

WTTC 2018, Economic Impact Research Regions, Disponível: https://www.wttc.org/-/media/files/reports/economic-impact-research/regions- 2018/world2018.pdf [Acessado Fevereiro 26, 2019].

WTTC 2018, Economic impact research Angola, Disponível: https://www.wttc.org/-/media/files/reports/economic-impact-research/countries-2018/angola2018.pdf , [Acessado Fevereiro 26, 2019].

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Kelvin Simão John
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Written by Kelvin Simão John

An Expert in Tourism, Kelvin holds a Post Graduate Diploma in Tourism Management from the University of Johannesburg.

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